(Histórias da minha formatura - III)
A Universidade de Leiden, fundada em 1575, é a mais antiga da Holanda.
"Você vai ganhar dois diplomas", disse em holandês o Dr. Anderweg durante a cerimônia. "Um em inglês, língua em que foram feitos os seus estudos; e um segundo em latim, tradição desta universidade desde a sua fundação".
Fiquei surpreso.
Pesquisei sobre o fato e descobri que, em 2010, Leiden havia decidido abolir a tradição.
A reitoria declarou que, em virtude das grandes dificuldades que se encontravam para traduzir os nomes de certos bacharelados e mestrados modernos ao latim, somente doutores (Ph.D.) continuariam recebendo diplomas no idioma da Roma Antiga.
Dentre os motivos principais para essa dificuldade citava-se o nome de certos cursos atuais que não existiam à época em que o idioma era língua franca da intelectualidade mundial; e também a falta de concordância de muitos tradutores em relação à correta tradução de certos termos, o que dificultava também a revalidação dos diplomas mais tarde em outras universidades.
A decisão tomada em 2010 foi em vão.
Estudantes foram para as ruas protestar.
E venceram.
O latim permanece como idioma oficial de todos os diplomas conferidos pela Universidade de Leiden.
Incluindo, pois, o meu e o dos meus colegas de 2012, todos orgulhosamente "magistri in scientia in doctrina politicologica".
A Universidade de Leiden, fundada em 1575, é a mais antiga da Holanda.
"Você vai ganhar dois diplomas", disse em holandês o Dr. Anderweg durante a cerimônia. "Um em inglês, língua em que foram feitos os seus estudos; e um segundo em latim, tradição desta universidade desde a sua fundação".
Fiquei surpreso.
Pesquisei sobre o fato e descobri que, em 2010, Leiden havia decidido abolir a tradição.
A reitoria declarou que, em virtude das grandes dificuldades que se encontravam para traduzir os nomes de certos bacharelados e mestrados modernos ao latim, somente doutores (Ph.D.) continuariam recebendo diplomas no idioma da Roma Antiga.
Dentre os motivos principais para essa dificuldade citava-se o nome de certos cursos atuais que não existiam à época em que o idioma era língua franca da intelectualidade mundial; e também a falta de concordância de muitos tradutores em relação à correta tradução de certos termos, o que dificultava também a revalidação dos diplomas mais tarde em outras universidades.
A decisão tomada em 2010 foi em vão.
Estudantes foram para as ruas protestar.
E venceram.
O latim permanece como idioma oficial de todos os diplomas conferidos pela Universidade de Leiden.
Incluindo, pois, o meu e o dos meus colegas de 2012, todos orgulhosamente "magistri in scientia in doctrina politicologica".
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